A 4 de maio de 1949, à algumas milhas de Turim, sob forte nevoeiro, aconteceu uma tragédia que marcaria para sempre a história do futebol italiano e mundial.
O avião, um Fiat G212, que transportava a delegação do Torino de volta à Itália, após um jogo amigável contra o Benfica em Portugal, chocou contra uma das torres da basílica de Turim de Superga, a 600 metros de altura. Não houve sobreviventes.
O avião dentro da torre da Basílica de Turim Foto: Wikimedia Commons |
Na Liga Italiana jogava-se a jornada . O Torino liderava a competição com quatro pontos de vantagem sobre a Internazionale de Milão, faltando quatro jogos para o término do Campeonato. Como na época a vitória valia dois pontos, oito ainda estavam em jogo.
No mesmo dia a Liga declarou a equipe campeã nacional. Seria, então, o quinto Scudetto (título de campeão italiano) consecutivo do Torino. Considerado a melhor equipe da Europa durante uma década e a base da Azurra, os dirigentes não aceitaram tal proposta: queriam conquistar o título em campo, jogando.
Para honrar os 18 jogadores mortos na tragédia, entre eles o ídolo Valentino Mazzola, o Torino disputou as quatro partidas restantes com a equipe juvenil. A 15 de maio, a primeira, 4-0 contra o Génova. A 22 de maio, a segunda: 3-0 no Palermo. A 29 de maio, a terceira, 3-2 contra a Sampdoria. Por fim, 12 de junho, 2-0 contra a Fiorentina.
Os quatro rivais demonstraram profundo respeito, também jogaram com as suas equipas juvenis. Assim, o Torino atingira o seu principal objetivo e sagrou-se campeão dentro de campo. A equipa viria a ganhar um novo Scudetto apenas em 1976.
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Os jogadores na foto: Bacigalupo; Castigliano, Ballarin, Rigamonti e Loik; Menti e Ossola; Martelli, Gabeto, Moroso e Mazzola. |
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